junho 03, 2013

O par e o tempo no Caravaggio

Salvaro Marcio - salvaro atras

Uma notícia estrambótica. Deu no jornal: “Não há um só político que foi na festa do Caravaggio que não tenha comentado. Salvaro e Márcio não ficaram cinco minutos um ao lado do outro.”

Há duas vertentes explícitas na notícia. Uma é de cunho humano: o PAR (Márcio e Clésio Noves Fora Salvaro). A outra tem cunho numérico: o TEMPO (menos de 5 minutos).

O vetor PAR parece descabido. Em tese, não haveria porque estranhar o Clésio e Márcio não ficarem juntos. Muita gente não foi vista junto no Caravaggio. O Guinga não estava com o Alemão (prefeito antigo e atual), Moreira estava sem Colombo, Murialdo sem Gentil (quando Gentil falou que ia, Murialdo foi pescar na Solidão). Essas duplas não renderam nada, então, lógica do aquário, a mote da notícia não está nos nomes.

Bom, se não é o PAR… é o TEMPO. Menos de cinco minutos juntos. Nas entrelinhas, pode-se notar, Salvaro até queria ficar perto do Márcio, mas Márcio mudava de calçada pra escapar do Clésio. Clésio tentava agarrar na mão do Márcio para segurá-lo, mas ele escorregava. Só depois da nota, pegamos o sentido da perseguição: a tentativa de fechar os cinco minutos juntos.

Então poder-se-ia(créédo!) questionar: por que 5? Por que não 3, ou 8, ou 10? Não sabemos. O jornal falou 5 minutos, não mais, muito menos menos. São essas coisitas conspirativas que acontecem nos bastidores da política que a gente nunca sabe. Tipo, se fechar 5 minutos ao lado do cara, eu mando nele. Pode ser isso. Ou não.

Não sabemos. Nota de jornal, para nós, é como sentença judicial, a gente não discute. Interpreta.   

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